Nada como a praticidade de usá-la apenas quando quer, quando dá vontade, sem preocupações ou obrigações.
É bem verdade que, para isso, você precisa vencer seus próprios preconceitos e assumir que sim, se sente atraído por aquele monte de plástico meio desengonçado, despejando vez ou outra, todo seu desejo e tesão reprimidos naquele orifício profano, inundando-se de prazer.
Ela é disponível, é sua, afinal, você pagou, pagou muito bem por ela!
Então a usa como bem quer e quando não quer, murcha, coloca no armário, naquele cantinho escondido, até a próxima vez que seus hormônios te derem coragem suficiente de recorrer a ela novamente.
É constrangedor para você dizer que tem uma em casa, não é? Tão condenada pela hipocrisia dos convencionalismos a pobre. Mas naquele dia, meio atordoado pelo álcool, para os íntimos você esbravejou:
- Tenho mesmo, e daí?
Ah, o álcool, inebriante libertador do desejo latente ou seria uma bela desculpa esfarrapada para si mesmo?
Nestas horas, cu de bêbado não tem dono, dizem, mas o dela tem, ah, se tem.
Enche rapidinho, meio atrapalhado, meio esbaforido e sem culpa, se satisfaz.
E assim vai passando o tempo, usando, guardando, usando, guardando, até que de tanto inflar e murchar, ela flácida, escangalha. E lá se vai, aos pedaços, balançando na caçamba do próximo caminhão de lixo.
E você?
Distraidamente, pega o carro e pára no seu Sex Shop favorito para repor a sua décima boneca inflável.
5 comentários:
Adorei.
Mas agora tem umas de silicone que custam os olhos da cara...
Mas enfim. Muitas pessoas podiam usar das bonecas - cujo uso é esse mesmo - do que usar gente de verdade...
Cada um usa a que pode... Alguém que vendeu essa boneca também teve lucro. Quando uma próxima for comprada outro alguém lucro terá.
Amei!
"Brinquedo"...
definitivamente, tudo nessa vida é ponto de vista. rsrsrs xD
Adoro descrições tão ricas...
elas me levam a tentar advinhar,
mas sempre me surpreendem no final.
Muuito bom !
abraço
Ah, os desejos recônditos nossos...
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