quinta-feira, julho 08, 2010

Eu, professora? Parte III

O ponteiro da roleta apontava: Relações Públicas, USP e UEL; desnecessário dizer que a escolha aí foi meio óbvia, né?

Se você não sabe o que um Relações Públicas faz, sinto dizer que não está sozinho, o curso é confuso, o mercado é confuso e muitos profissionais da área também o são – só para constar, me incluo entre eles.

Depois de 5 anos de muitos esforços, perrengues e um TCC fruto de um estupro, seguido de parto com fórceps, consegui o tal do papelzinho que supostamente deveria “abrir as portas para um mundo de muitas oportunidades”.

Para mim, receber o diploma foi como a entrada de um novo ano, depois da meia noite, tudo permaneceu no mesmo lugar que antes. Nada – ou pouco, muito pouco – realmente mudou.

Continuei não gostando do curso, continuei não me identificando com o mundo corporativo, continuei me perguntando se as coisas seriam diferentes se tivesse feito outras escolhas– viu como o maledeto “se” vive aparecendo? –, e principalmente, continuei me questionando o que fazer depois – a propósito, aceito sugestões aqui.

Aos 17 anos decidi que minha condição de completa ignorante da língua inglesa precisava mudar, mas não vá achando você que estava eu pensando no futuro ou que havia por trás disso algum motivo nobre, nada disso; o que queria mesmo era finalmente entender as letras das músicas que eu decorava fazendo a transcrição fonética – da minha cabeça, obviamente – num caderninho. É, o acesso a internet naquela época era quase inexistente – aff, senti o peso da idade agora, hunf.

Ansiosa? Só porque me matriculei em um curso semi-intensivo para fazer os três anos de curso em 9 meses? Só porque tinha 4 aulas semanais, durante meu horário de almoço do trabalho? Só porque devorei cada encarte de CD, cada palavrinha do livro e nunca dei a felicidade ao meu professor de não aparecer? Intrigas...

Tá, mas o que isso tem a ver com a paçoca? Já explico...

2 comentários:

LC disse...

Estou lendo como quem não conhece a história... deve ser porq não conheço mesmo.
Muito boa :)
Aguardo continuação

Michelle disse...

Oi Carol!
Que bom que vc voltou com o blog! Também adorei a história... Aliás se conforta talvez me encontre tão perdida quanto você...
Beijo grande!!!