terça-feira, julho 13, 2010

Eu, professora? Parte IV

Pois no meu aniversário deste ano ganhei um presente inusitado, o universo conspirou com minha angústia e mais uma vez disse:

“Eu te liberto das corporações, vá minha filha, vá. Ah, e dessa vez vê se entende e faça algo realmente diferente!”.

Se não entendeu a metáfora, explico letrinha por letrinha, meu chefe entrou com o pé e eu com a bunda, belo presente, não? E realmente foi!

Depois de um mês de viagens – literais e internas – tentando decifrar a mensagem, de repente me recordei do diálogo interno de anos atrás, então passei a me perguntar o que muitos dos meus amigos já me diziam há algum tempo e com isso, um novo bate-papo começou:

Eu: “Por que você não tentar dar aula de inglês?”.

Eu mesma: “Nossa Senhora das Mulas Empacadas, você é devagar para algumas coisas mesmo, né?”.

Eu: “Mas, uma coisa é gostar de idiomas, outra coisa é dar aulas, eu nunca fiz isso, não, melhor não, acho que não vai rolar”.

Eu mesma: “Hello!!! Como nunca deu aulas? Vai me dizer que sua amiga Madá é um fantasma agora?”.

Eu: “Mas era em casa, não tem nada a ver com dar aulas em uma escola DE VERDADE”.

Eu mesma: “Para de se fazer de coitadinha, faça alguma coisa de útil nessa internet, ou melhor ainda, vá pegar o jornal de domingo, quem sabe você se inspira! Afinal, o que você tem a perder?”.

Eu: “É, não tenho nada a perder...” – abrindo o jornal.

Um comentário:

Michelle disse...

Oi Carol!
Estou adorando essas aventuras 'eu, professora'! Sabe que seu último conselho pra vc mesma era algo que eu precisava ouvir nesse momento!
Que bom que vc voltou com o blog!
Beijo grande e vê se não esquece de Campinas, blz?
Beijão!